10 de maio de 2013

Monsanto


Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal, é um dos lugares mais belos do país. Mas a visita não fica completa sem uma subida pelo trilho escarpado que leva até ao castelo, no topo do penedo. É sempre um exercício de resistência, já que o Cabeço de Monsanto está a 758 metros de altitude. Mas quem se aventura sabe que vale a pena o esforço, porque encontra um belíssima paisagem e um monumento de enorme relevância histórica.

Não há muitos relatos sobre tempos pré-históricos, da ocupação romana ou pré-medievais. Mas sabe-se que durante a época da reconquista cristã D. Afonso Henriques percebeu a importância estratégica do local, entregando a D. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários, a função de defender e repovoar a região. É desse período a construção do castelo.
Quem vai até ao castelo não pode deixar de fazer uma visita à capela românica de São Miguel, que fica entre o castelo e a Torre do Peão. Erigida no século XII, supostamente sobre um santuário de culto a Marte e outros deuses, é um lugar que reserva descobertas surpreendentes. A maior delas talvez seja o cemitério paleo-cristão, com 13 sepulturas antropomórficas e em forma de trapézio escavadas nas rochas graníticas. É um registo histórico impressionante.
E pode ser também uma oportunidade para voltar à aldeia pelo lado sul, por um trilho onde pedras gigantescas dão o tom da paisagem. A poucos metros da capela de São Miguel, os mais atentos perceberão um conjunto de cavidades no chão, com a forma de tigelas. É a chamada Laje das 13 Tigelas que, segundo uma lenda, seria o lugar onde uma mulher da nobreza dava alimento a pessoas pobres. 
Portanto, se estiver a pensar em conhecer Monsato, a aldeia tem tudo o que precisa para momentos bem passados. E quando estiver na aldeia, não deixe de conhecer a capela, o conjunto de sepulturas e a Laje das 13 Tigelas. Vale a pena.

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